Para Floriani e Zermiani (1985),
idealizadores das Feiras de Matemática, “A feira de matemática visa enfocar
melhor o ensino científico de sala de aula. Pela necessidade de mostrar ao público
externo, os trabalhos (projetos) realizados nas escolas, de todos os níveis e
redes de ensino e comunidade, transformam as atividades escolares em
verdadeiros laboratórios vivos de aprendizagem científica, co-participada (sic)
pela comunidade.”
Durante o desenvolvimento de projetos, sob orientação de
professores, os estudantes passam por etapas da pesquisa, dessa forma
contribuindo para o “aprender a fazer” e “fazer para aprender”. Os trabalhos,
realizados nos espaços e períodos escolares e voltados ao dia a dia, são
socializados com a comunidade por meio de uma exposição, durante a qual ocorre,
concomitantemente a visitação pública, a avaliação descritiva e, posteriormente
à feira, a publicação do resumo expandido nos Anais. (BIEMBENGUT, ZERMIANI,
2014).
As deliberações para a organização de futuras Feiras ocorrem em
várias instâncias deliberativas e colaborativas, a saber: Assembleia final (no
final de cada evento); Seminários de Avaliação das Feiras (a cada 4 anos);
Formação Continuada de professores (semestralmente, tendo como foco a
orientação e avaliação de trabalhos e a organização de Feiras).
As Feiras de Matemática, quando há condições externas favoráveis,
permitem que seus atores interajam de forma colaborativa, respeitando o
processo histórico da Rede das Feiras de Matemática, com vistas a melhorias da
qualidade da educação científica e tecnológica (ZERMIANI e BREUCKMANN, 2008).
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