Inclusões, encontros e cenários

Autores

  • Ole Skovsmose osk@learning.aau.dk
    Universidade Estadual Paulista (Unesp), Rio Claro, SP, Brasil e Universidade de Aalborg, Dinamarca.

Resumo

Neste artigo exploro a noção de inclusão. Aparentemente tal noção parece bem definida, pois sempre parece louvável trabalhar pela inclusão. Eu quero destacar, no entanto, que inclusão é um conceito contestado, pois traz controvérsias de profunda natureza política e cultural. Toda vez que se fala em inclusão é preciso perguntar: Inclusão em quê? A inclusão pode significar inclusão em padrões e estruturas questionáveis. Além disso, é preciso perguntar: inclusão de quem? A inclusão sempre diz respeito a alguns grupos de pessoas a serem incluídos, no entanto, pode ser acompanhada pelos discursos mais problemáticos, por exemplo, referindo-se a quem é “normal” e a quem não é. Questionar a noção de normalidade leva-me a reinterpretar a educação inclusiva como uma educação que tenta estabelecer encontros entre diferenças. Consequentemente, torna-se crucial que uma educação matemática inclusiva elabore cenários para investigação inclusivos. A construção de tais cenários, no entanto, é também uma atividade contestada.

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Biografia do Autor

  • Ole Skovsmose, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Rio Claro, SP, Brasil e Universidade de Aalborg, Dinamarca.
    Doutor em Educação Matemática, Royal Danish School of Educational Studies, Copenhague, Dinamarca. Professor Emeritus na Universidade de Aalborg na Dinamarca e professor colaborador na Unesp. Rio Claro, SP, Brasil.

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Publicado

2019-12-22

Edição

Seção

Educação Matemática na Escola Inclusiva

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