A Teoria da Objetivação e as TIC nas formações continuadas de Matemática: uma revisão integrativa

Autores

10.56938/rceem.v1i1.3173

Palavras-chave:

Teoria da Objetivação, Formação de Professores, Matemática, TIC

Resumo

O ensino de matemática tem passado por diversas transformações dentro do movimento da Educação Matemática na tentativa de superação do modelo tradicional de ensino. A Teoria da Objetivação (TO), se apresenta como uma proposta de melhoria no ensino-aprendizagem da matemática baseada nas formas de colaboração humana, no labor conjunto e em uma ética comunitária. Objetivamos apresentar a utilização da TO nos contextos de formação docente, de ensino-aprendizagem da matemática, subsidiados pelas TIC. Para tanto, apresentamos uma revisão integrativa de literatura, nas Plataformas Google Acadêmico, Capes e Scielo, tendo como recorte temporal os anos de 2020 a 2022, período com abissais desafios para a prática pedagógica, provocados pela pandemia do COVID19. Utilizamos o Prisma Flow para efeitos de identificação, triagem e elegibilidade dos trabalhos selecionados. Destacamos alguns resultados sobre a melhoria do engajamento dos estudantes em atividades síncronas online e propostas de labor conjunto, via remoto, tendo a TO como suporte teórico-metodológico. Concluímos que a TO vem se consolidando como uma teoria viável para um ensino-aprendizagem mais significativo, tanto em nível nacional como internacional, demonstrando seu potencial para o desenvolvimento de sujeitos ativos, críticos, reflexivos, éticos e responsáveis. Entretanto, no que se refere às TIC, percebemos um número baixo de trabalhos que abordam o processo de formação continuada de professores de matemática, sobretudo dos anos iniciais do ensino fundamental.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Carlos Alves de Almeida Neto, Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza

    Possui Graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal do Ceará (2001), Especialização em Ensino de Matemática pela Faculdade Ateneu (2009) e Mestrado Profissional em Matemática pela Universidade Federal do Ceará (2014) com o programa PROFMAT/CAPES. Atualmente cursa o Doutorado em Educação na Faculdade de Educação da UFC e exerce o cargo de Professor Formador da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Fortaleza, dando formação continuada aos formadores de matemática desta rede de ensino. Já atuou como professor tutor presencial no SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural na disciplina de Matemática Elementar e Financeira. Participou do Time de Autores da Revista Nova Escola. Atuou junto ao INEP/MEC no BNI (Banco Nacional de Itens) como elaborador e revisor de avaliações externas de Larga escala, como ENEM, Prova Brasil e ENCCEJA, em diversos eventos presenciais e à distância, de 2010 até 2014. Lecionou no Ensino Superior no IDJ/Universidade Vale do Acaraú (UVA), disciplinas nas áreas de Matemática e Física, desde 2006 até 2013. Lecionou em turmas preparatórias para concurso no IDESSC no município de Santa Quitéria (CE) de 2014 a 2016, nas disciplinas de Matemática Financeira e Lógica e lecionou em diversas escolas da rede Estadual de Ensino do Ceará, as disciplinas de Matemática e Física em turmas de Ensino Fundamental e Médio, de 2002 a 2013. Na rede Municipal de Fortaleza em turmas do Ensino Fundamental, anos finais, desde 2010, como professor, também atuou como gestor escolar entre 2013 e 2014. Atualmente é membro do grupo de pesquisas Tecendo Redes Cognitivas de Aprendizagem G-Tercoa, da Faculdade de Educação da UFC e coordenador do grupo G-Tercoa da graduação.

  • Carlos Renêe Martins Maciel, Secretaria da Educação do Estado do Ceará

    Graduado em Licenciatura em Matemática, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE; Especialista em Ensino de Matemática, pela Faculdade Ateneu - FATE; Especialista em Gestão Escolar, pela Faculdade Católica Nossa Senhora das Vitórias - FCNSV; Especialista em Qualificação do Ensino de Matemática no Estado do Ceará pela Universidade Federal do Ceará - UFC; Mestre em Ciências da Educação - Inovação Pedagógica, pela Universidade da Madeira - UMa / Portugal - Reconhecido pela Universidade Federal de Minas Gerais; Servidor público do Governo do Estado do Ceará e da Prefeitura Municipal de Fortaleza; Integrante do grupo de pesquisa G-TERCOA (Grupo de Estudos Tecendo Redes Cognitivas de Aprendizagem) - CNPq/PPGE/UFC, da Universidade Federal do Ceará.

  • Maria José Costa dos Santos, Universidade Federal do Ceará - UFC

    Graduada em Pedagogia e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Ceará(PPGE/UFC)(nota 4). Licenciada em Matemática pela Universidade Cruzeiro do Sul(UNICSUL). Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN(nota 5). Pós-Doutora pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro(ProPed/UERJ)(nota 7). Professora de matemática no Curso de Pedagogia(FACED/UFC). Coordenadora do Mestrado profissional em Ensino de Ciências e Matemática - (ENCIMA/UFC). Coordenadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência(PIBID/UFC). Coordenadora da Coordenadoria de Inovação e Desenvolvimento Acadêmico(COIDEA/EIDEIA/UFC). Coordena o Programa de Apoio e Acompanhamento Pedagógico (PAAP/COIDEA/UFC). Especialista em Informática Educativa pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Especialista em Sistema de Informação pela Universidade Gama Filho(UGF), Cursa especialização em Docência do Ensino Superior pela Universidade Cruzeiro do Sul(UNICSUL). Pesquisadora e orientadora nos Programas de Pós-Graduação em Educação - (PPGE/UFC) e no Mestrado profissional em ensino de Ciências e Matemática(ENCIMA/UFC). Tem projetos de pesquisa com bolsistas PIBIC e PIBITI, financiados pelo CNPq, Funcap e UFC. Os projetos de pesquisa têm foco na Inovação, Moonshots, Cyberdidática, Disrupção na educação, Tecnologias educacionais, Práticas pedagógicas, avaliação, currículo e saberes docentes de professores que ensinam matemática. Tem projetos de monitoria para a Iniciação à Docência-PID, também de Iniciação Acadêmica(BIA, PAIP/CGPA e Extensão), visando sempre a formação inicial, contínua e continuada dos professores. Desenvolve pesquisa em redes intelectivas entre o Brasil e outros países, em especial, Moçambique. É líder do Grupo de Pesquisa Tecendo Redes Cognitivas de Aprendizagem(G-TERCOA/UFC/CNPq). Participa do grupo de pesquisa Políticas de Avaliação, Desigualdade e Educação Matemática(ProPed/UERJ/CNPq).

Referências

ALMEIDA DE, J. R.; MARTINS, J. Labor conjunto remoto: uma proposta metodológica para formação continuada de professores que ensinam matemática. Revista RIPEM, Brasília, v. 12, n. 3, p. 106-124, 2020. Disponível em: http://sbemrevista.kinghost.net/revista/index.php/ripem/article/view/3010. Acesso em: 29 de junho de 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CP 2/2017 de 22 de dezembro de 2017. Institui a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília, 2017.

CAMARGO, F; DAROS, T. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo. Porto Alegre: Penso, 2018.

D’AMORE, B; RADFORD, L. Enseñanza y aprendizaje de las matemáticas: problemas semióticos, epistemológicos y prácticos. Bogotá: Universidad Distrital Francisco José de Caldas, 2017.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra. 2016

GOBARA, S. T; RADFORD, L. Teoria da objetivação: fundamentos e aplicações para o ensino e aprendizagem de ciências e matemática. 1ª ed. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2020.

KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: O novo ritmo da informação. Campinas: Papirus Editora, 2003.

MINAYO, M.C. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. Rio de Janeiro: Abrasco, 2007.

NOROÑO, I. V. S. et al. Sobre os processos de objetivação de saberes geométricos: análise de uma experiência de elaboração de simuladores com o Geogebra. Educación Matemática, Guadalajara, v. 32, n. 1, 2020. Disponível: http://www.revista-educacion-matematica.org.mx/descargas/vol32/1/05REM32-1.pdf. Acesso em: 29 de junho de 2022.

PEDROSO, A. P. Experiência docente e a Teoria da Objetivação: reflexões para a formação de professores que ensinam matemática. Revasf, Petrolina, v. 11, n. 24, p. 467-490. 2021. Disponível em: https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/1486. Acesso em 29 de junho de 2022.

RADFORD, L. Cognição Matemática: História, Antropologia e Epistemologia. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2012.

RADFORD, L. A Teoria da Objetivação e seu lugar na pesquisa sociocultural em educação matemática. In: MORETTI, V. D; CEDRO, W. L. (Org.). Educação matemática e a teoria histórico-cultural: um olhar sobre as pesquisas. Campinas: Mercado das Letras, 2017. p. 229-261.

RADFORD, L. The theory of objectification: A Vygotskian perspective on knowing and becoming in mathematics teaching and learning. Brill/Sense: Leiden, The Netherlands, 2021.

SÃNCHEZ S. I; QUARESMA, J. C. B; CASTILLO B. L. A. La objetivación de la noción de sector circular en el trabajo matemático con Geogebra. Paradigma, Maracay-Venezuela, v. 41, n. p. 448-475, 2020. Disponível em: http://revistaparadigma.online/ojs/index.php/paradigma/article/view/924. Acesso em 29 de junho de 2022.

SANTOS, M. J. C. dos; ALMEIDA NETO, C. A. de. Teoria da Objetivação: reflexões sobre o engajamento nas aulas de matemática para uma aprendizagem colaborativa. Revista de Matemática, Ensino e Cultura - REMATEC, Belém/PA, v. 16, n. 39, p. 101-118, Set-Dez, 2021. https://doi.org/10.37084/REMATEC.1980-3141.2021.n39.p101-118.id490

PIETRO G., J. L; ARREDONDO, E. H. Construcciones euclidianas con Geogebra y procesos de objetivación: un estudio con futuros profesores de matemáticas. Rematec, Belém, v. 16, n. 39, p. 77-100, 2021. Disponível em: https://www.rematec.net.br/index.php/rematec/article/view/496. Acesso em: 29 de junho de 2022.

VYGOTSKY, L.S. A aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: VYGOTSKY, L.S.; LURIA, A.R.; LEONTIEV, A.N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 12ª ed. São Paulo: Editora Ãcone, 2012. p.103-117.

Downloads

Publicado

2022-07-05

Edição

v. 1 n. 1 (2022): RCeEM (Fluxo Contínuo) - Mai./Ago.

Seção

Artigos

Como Citar

A Teoria da Objetivação e as TIC nas formações continuadas de Matemática: uma revisão integrativa. Revista Cearense de Educação Matemática, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 01–15, 2022. DOI: 10.56938/rceem.v1i1.3173. Disponível em: https://www.sbembrasil.org.br/periodicos/index.php/rceem/article/view/3173. Acesso em: 10 ago. 2025.