A prática de afinar violinos por um viés Etnomatemático

Resumo

A música, para muitos, representa um sentimento, uma alegria, pois o que seria de nós sem ela? No entanto, se conseguíssemos ter uma visão da música com um viés matemático, algo que está atrelado ao nosso cotidiano, ao qual convivemos, seja escutando de um vizinho ou em aplicativos musicais, perceberemos que há matemática presente nisso. Este trabalho apresenta uma pesquisa participativa e tem como objetivo evidenciar as práticas etnomatemáticas na ação de afinar um instrumento musical e, neste caso, utilizamos os violinos. No que se refere a processos metodológicos, dividimos em duas partes: I) Uma entrevista com pessoas do coro musical de uma comunidade em Mauriti-CE, e elaboramos seis perguntas norteadoras para o desenrolar da conversa. II) Mostramos como o assunto de proporção atua em notas musicais, consequentemente, na afinação do violino. Como resultado da entrevista, ficou evidente que a maneira utilizada pelos entrevistados para a afinação do instrumento era apenas por suas experiências e não conseguiam traçar nenhum paralelo com a matemática. Podemos concluir a importância deste trabalho, no tocante do intuito de mostrar para os entrevistados como a matemática é presente em seu cotidiano, principalmente, em seus processos musicais, junto disso, apontar como esta prática abordada, é uma maneira diferente e única de seu grupo, em fazer etnomatemática, nesse sentido constatamos o conhecimento matemático oculto de pessoas que operam esta ação estudada e mostramos o que era a etnomatemática no contexto deles. Logo, podemos perceber como há matemática no nosso cotidiano, além de ser uma interessante prática metodológica para adotar como docente.