Resolução de Situações Multiplicativas e o Pensamento Funcional: um estudo com estudantes do 3º e 5º ano do Ensino Fundamental de Niterói
Palavras-chave:
Situações multiplicativas, Estratégias Pessoais, Pensamento FuncionalResumo
Este artigo busca analisar a produção de 112 estudantes de 3° ano e 5° ano na resolução de uma situação de proporção simples com transformação positiva, envolvendo o pensamento funcional. É um estudo diagnóstico e qualitativo que se apoia nos Cam´pos Conceituais Multiplicativos de Vergnaud. Analisamos as respostas separando-as em categorias para identificar os estudantes que apresentavam a estrutura algébrica. Concluímos que os estudantes do 3° ano (32,81%) que tiveram êxitos não apresentaram estratégias de resolução, mas perceberam a relação de proporcionalidade. Os estudantes do 5° ano(45,6%) acertaram mais a situação-problema. Os que conseguiram explicitar as estratégias das questões demonstraram um pensamento funcional que toma por base a função afim.
Referências
Blanton, M., & Kaput, J. (2005). Characterizing a classroom practice that promotes algebraic reasoning. Journal for Research in Mathematics Education, 36(5), 412-446.
Brasil. (2017). Ministério da Educação. Base Nacional Curricular Comum. Brasília: MEC.
Cabral, J., Oliveira, H., & Mendes, F. (2019). O pensamento funcional e a capacidade de perceber o pensamento funcional de futuras educadoras e professoras dos anos iniciais. Educação Matemática Pesquisa, 21(3), 50-74.
Calazans, P. P., Silva, D. O. V., & Nunes, C. P. (2021). Desafios e controvérsias da Base Nacional Comum Curricular: A diversidade em questão. Revista e-Curriculum, 19(4), 1650-1675.
Carraher, D. W., & Schliemann, A. D. (2007). Early algebra and algebraic reasoning. In F. Lester (Ed.), Second Handbook of Mathematics Teaching and Learning (pp. 669-795). Charlotte: Information Age Inc.
Dos Santos, E. S., & Bataglia, P. U. R. (2021). BNCC e a construção do pensamento algébrico nos anos iniciais do ensino fundamental. Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas, 13(2), 199-218.
Gitirana, V. et al. (2014). Repensando multiplicação e divisão: Contribuições da teoria dos campos conceituais (1ª ed.). São Paulo: PROEM.
Magina, S. M., & Merlini, V. L., & Santos, A. (2015). A estrutura multiplicativa à luz da Teoria dos Campos Conceituais: Uma visão com foco na aprendizagem. In J. A. de C. Filho et al. (Orgs.), Matemática, cultura e tecnologia: Perspectivas internacionais (pp. 66-82). Curitiba: CRV.
Magina, S. M., & Molina, M. (2023). Enfoque funcional na Early Algebra en las aulas brasileiras: ¿De dónde partimos? Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática (RIPEM), 13, 1-17.
Magina, S. M., Santos, A., & Merlini, V. L. (2014). O raciocínio de estudantes do Ensino Fundamental na resolução de situações das estruturas multiplicativas. Ciência da Educação, 20(2), 517-533.
Marmelo, A. G. (2022). Situações multiplicativas: Uma análise da resolução dos estudantes do 4º ano do ensino fundamental (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Formação de Professores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Muniz, C. A. (2021). As crianças que calculavam: Sentidos subjetivos na aprendizagem (1ª ed.). Curitiba: Appris.
Smole, K. S., & Diniz, M. I. (2001). Ler, escrever e resolver problemas: Habilidades básicas para aprender matemática. Porto Alegre: Artmed.
Spinillo, A. G., et al. (2014). O erro no processo de ensino-aprendizagem da matemática: Errar é preciso? Boletim Gepem, (64), 57-70.
Vieira, E. R., & Abrahão, A. M. C. (2021). Conceitos do Campo Multiplicativo e a metodologia de resolução de problemas. Revista de Educação Matemática e Tecnológica Iberoamericana (EM TEIA), 12(3), 1-21.
Vergnaud, G. (2014). A criança, a matemática e a realidade. Curitiba: Ed. da UFPR.
Vergnaud, G. (1993). Teoria dos campos conceituais. In L. Nasser (Ed.), Anais do 1º Seminário Internacional de Educação Matemática do Rio de Janeiro (pp. 1-26).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.