A gestualidade como protagonista para a construção de conceitos da Geometria Espacial de Posição

Autores

Palavras-chave:

Linguagem Gestual, Posições Relativas entre Retas, Corpo

Resumo

Este artigo objetiva compartilhar resultados de uma pesquisa, centrados na análise dos significados dos gestos durante a construção de conceitos da Geometria Espacial de Posição por estudantes de uma turma de graduação em Matemática. O foco está nos gestos como protagonistas da construção e comunicação de conceitos geométricos espaciais. Dois momentos compuseram os dados: encontros com os graduandos e experimento de ensino com seis duplas de estudantes participantes da fase anterior. Trata-se de uma investigação qualitativa. Os resultados preliminares da categoria evidenciam que o corpo-pensamento comunica e constrói conceitos geométricos espaciais com mais facilidade e, no exemplo que apresentamos de uma tarefa realizada por dois estudantes, é possível observar que utilizaram o corpo como referência para explicar as posições relativas entre retas.

Referências

Alibali, M. W. & Goldin-Meadow, S. (1993). Gesture-speech mismatch and mechanism of learning: what the hands reveal about a childs state of mind. Cognitive psychology, 25, 468-523.

Barsalou, L. W. (2009). Simulation, situated conceptualization, and prediction. Philosoohical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, 364 (1521), 1281-1289.

Castro, L. T. (2022). Os gestos utilizados por professores ao ensinar geometria. 2022. 62f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática). Universidade Franciscana. Santa Maria, RS.

Costa, C. (2010). Gesto, janela para exteriorizar o pensamento visual-espacial. In: J. M. Matos; A. Domingos; C. Carvalho & P. C. Teixeira (Org.). Comunicação no ensino e aprendizagem de Matemática. (pp. 128-150). Capiraca, PT: Leonor Santos.

Feitosa, R. A. (2018). Estudos de representações multidimensionais para segmentação das fases dos gestos. 2018. 104f. Dissertação (Mestrado em Artes, Ciências e Humanidades). Universidade de São Paulo. São Paulo, SP.

Freitas, R. & Bairral, M. A. (2023). Aprendizagens matemáticas reveladas por meio de toques em tela de tablets ao manipular o aplicativo multibase. Revista Interinstitucional Artes de Educar, 9(1), 67-86.

Goldenberg, M. (1997). A Arte de Pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais (8. ed.). Rio de Janeiro, RJ: Record.

Goldin-Meadow, S. (2003). Hearing gesture: How our hands help us think. Cambridge, MA: Harvard University Press.

Goldin-Meadow, S. (2005). Hearing gesture: how our hands help us think. Cambridge, MA; London, UK: The Belknap Press of Harvard University Press.

Krause, C. M. (2016). The Mathematics in Our Hands: How Gestures Contribute to Constructing Mathematical Knowledge (v. 1). Wiesbaden, DE: Springer Spektrum.

Krauss, R. M. (1998). Por que gesticulamos quando falamos? Direções Atuais na Ciência Psicológica, 7(2), 54-60.

Mcneill, D. (1992). Hand and mind (nova ed.). Chicago, IL: University of Chicago Press.

Mcneill, D. (2005). Gesture and language dialectic (ed. ilustrada). Chicago, IL: University of Chicago Press.

Neves, L. X. (2022). Intersemioses em vídeos produzidos por licenciandos em Matemática da UAB. 2022. 304f. Tese (Doutorado em Educação Matemática). Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho. Rio Claro, SP.

Oliveira, R. & Barbosa, A. C. M. (2022). A visualização e a construção de conceitos matemáticos dos licenciandos em pedagogia. In: M. Bairral; G. Bravo & S. Izar (Org.). Retratos de experiência para visualizar em geometria. (v. 9, pp. 50-76). Rio de Janeiro, RJ: Ed. Edur.

Oliveira, R. G. (2016). Geometria espacial de posição: do concreto ao raciocínio dedutivo com uma passagem pela tecnologia. 2016. 143f. Dissertação (Mestrado Profissional em Rede Nacional). Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria, RS.

Pereira, A. C. C. (2010). Os gestos das mãos e a referenciação: investigação de processos cognitivos na produção oral. 2010. 148f. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos). Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG.

Rodrigues, J. C. (1983). Tabu da Morte (v. 2, 3. ed.). Rio de Janeiro, RJ: Achiamé.

Roth, W.-M. (2001). Gestures: Their Role in Teaching and Learning. Review of Educational Research, 71(3), 365-392.

Santos, M. R. (2013). Um estudo fenomenológico sobre o conhecimento geométrico. 2013. 214f. Tese (Doutorado Educação Matemática). Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho. Rio Claro, SP.

Sfard, A. (2009). What’s all the fuss about gestures? A commentary. Educational Studies in Mathematics, 70, 191-200.

Skovsmose, O. (2007). Educação Crítica – Incerteza, Matemática, Responsabilidade. São Paulo, SP: Cortez.

Vecino, F. R. (2005). Representación del espacio en el niño. El espacio como modelo de desarrollo de las distintas geometrías. In: M. C. Chamorro (Org.). Didáctica de las Matemáticas na Educacion Infantil. (pp. 255-277). Madrid, ES: Pearson Educación.

Vygotsky, L. S. (1997). Collected works (v. 4). New York, NY: Plenum.

Xiong, Y. & Quek, F. (2006). Propriedades de frequência de gestos de movimento de mão e análise de discurso multimodal. International Journal of Computer Vision, 69, 353-371.

Downloads

Publicado

04-11-2024

Edição

Seção

GT 04 — Educação Matemática no Ensino Superior

Como Citar

Lima, A. F. de ., & Amaral, . R. B. . (2024). A gestualidade como protagonista para a construção de conceitos da Geometria Espacial de Posição. Seminário Internacional De Pesquisa Em Educação Matemática, 1-12. https://www.sbembrasil.org.br/eventos/index.php/sipem/article/view/361