A Educação Estatística Crítica e a Interseccionalidade como instrumentos analíticos para a compreensão dos problemas sociais
Palavras-chave:
Práticas pedagógicas, Temas sociais, Interseccionalidade, Educação Estatística CríticaResumo
Este estudo investiga os potenciais impactos e implicações que a utilização de informações provenientes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pode ter na aprendizagem dos estudantes. A metodologia adotada foi a pesquisa participante realizada em uma escola pública no estado do Ceará, Brasil, envolvendo 10 estudantes. Os resultados revelam que, ao explorar os dados de forma dialética, estudantes apoiam-se na Estatística como ferramenta para compreender, analisar e refletir sobre questões estruturais da sociedade, além de identificar e propor formas de engajamento ativo nessas questões.
Referências
Akotirene, C. (2019). Interseccionalidade. São Paulo, SP: Pólen.
Bilge, S. (2009). Smuggling intersectionality into the study of masculinity: Some methodological challenges. In: Feminist Research methods: an international conference, University of Stockholm. Stockholm, Sweden. (v. 4, 9. ed.).
Bilge, S. (2014). Whitening intersectionality. Racism and Sociology, 5, 175.
Bowleg, L. (2008). When Black+ lesbian+ woman≠ Black lesbian woman: The methodological challenges of qualitative and quantitative intersectionality research. Sex Roles, 59, 312-325
Buehring, R. S., & Grando, R. C. (2021). Isto ou aquilo? Narrativas sobre o pensamento estatístico na infância. Educação Matemática em Revista: perspectivas e tendências, 1, 611-630.
Cho, S., Crenshaw, K. W., & McCall, L. (2013). Toward a field of intersectionality studies: Theory, applications, and praxis. Signs: Journal of women in culture and society, 38(4), 785-810.
Collins, P. H. (2016). Aprendendo com a outsider within. Sociedade e Estado, 31, 99-127.
Collins, P. H. (2022). Bem mais que ideias: a Interseccionalidade como teoria social crítica São Paulo, SP: Boitempo Editorial.
Collins, P. H., & Bilge, S. (2021). Interseccionalidade. São Paulo, SP: Boitempo Editorial.
Crenshaw, K. (1989). Demarginalizing the intersection of race and sex: A black feminist critique of antidiscrimination doctrine, feminist theory and antiracist politics. In K. T. Bartlett & R. Kennedy (Eds.), Feminist legal theories (pp. 23-51). Routledge.
Demo, P. (1984). Pesquisa participante: mito e realidade. Em Aberto, 3(20), 65-67.
Dewey, J. (1995). Democracia y educación: una introducción a la filosofía de la educación. Morata.
Engel, J., & Ridgway, J. (2023). Back to the future: Rethinking the purpose and nature of statistics education. In: J. Ridgway (Ed.). Statistics for Empowerment and Social Engagement: teaching civic statistics to develop informed citizens (pp. 17-36). Cham: Springer.
Engel, J., Ridgway, J., & Weber, F. (2021). Educación estadística, democracia y empoderamiento de los ciudadanos. Revista Paradigma, 42(Extra 1), 1-31.
Freire, P. (2014). Educação e mudança (4. ed.). Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.
G1 Bahia. (2024, janeiro 26). Sem filhos e cor branca: loja é acusada de racismo e misoginia nas redes sociais após exigências em anúncio de emprego na BA. G1. https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2024/01/26/loja-causa-polemica-na-bahia.ghtml
Hollas, J. & Bernardi, L. T. M. (2018). Educação Estatística crítica: um olhar sobre os processos educativos. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, 9(2), 72-87.
IBGE. (2015). Homem e mulher: quem ganha mais e outros dados por gênero. IBGE Explica. IBGE. https://www.youtube.com/watch?v=xMIiMNI6iGU&t=8s
IBGE. (2019). Direitos Humanos das Mulheres e Meninas. IBGE. https://educa.ibge.gov.br/professores/educa-atividades/21239-direitos-humanos-das-mulheres-e-meninas.html
IBGE. (2021). Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil. IBGE. https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101784_informativo.pdf
IBGE. (2024). IBGEeduca Professores. IBGEeduca. https://educa.ibge.gov.br/professores
INEP. (2023). Enem. INEP. https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enem/provas-e-gabaritos/2023
Lopes, C. E. (2013). Educação Estatística no curso de licenciatura em matemática. Bolema: Boletim de Educação Matemática, 27, 901-915.
Mallows, C. (1998). The zeroth problem. The American Statistician, 52(1), 1-9.
Minayo, M. C. D. S. (2009). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. In: M. C. S. Minayo, O desafio da pesquisa social, 26, 9-30.
Oliveira, L. C. D. (2022). Os efeitos dos processos migratórios na saúde mental de mulheres imigrantes ou refugiadas a partir de uma análise interseccional. 2022. 166f. Dissertação (Mestrado em Ciências). Universidade de São Paulo. São Paulo, SP.
Sá, N. (1984). Discutindo a pesquisa participante. Em Aberto, 3(20), 25-35.
Saffioti, H.I.B. (2008). A ontogênese do gênero. In: C. Stevens & T. N. Swain (Orgs.), A construção dos corpos feministas: Perspectivas feministas (pp. 149-181). Florianópolis: Mulheres.
Schmidt, M. L. S. (2006). Pesquisa participante: alteridade e comunidades interpretativas. Psicologia USP, 17, 11-41.
Smolen, J. R. (2016). Raça/cor da pele, gênero e transtornos mentais comuns na perspectiva da Interseccionalidade. 2016. 127f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva). Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana, BA.
Soares, L. Q, & Ferreira, M. C. (2006). Pesquisa participante como opção metodológica para investigação de práticas de assédio moral no trabalho. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 6(2), 85-109.
Sousa, I. G. S. & Souza, L. O. (no prelo). Violência contra as mulheres: uma proposta pedagógica para a promoção do Letramento Estatístico Crítico. Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, [s.l]:[s.n].
Spradley, J. P. (2016). Participant observation. Waveland Press.
Torres, P. L., & Irala, E. A. F. (2014). Aprendizagem colaborativa: teoria e prática. In: P. L. Torres (Eds.), Complexidade: redes e conexões na produção do conhecimento (pp.61-93). Senar.
Vogt, W. P., & Johnson, R. B. (2015). The SAGE dictionary of statistics & methodology: A nontechnical guide for the social sciences. Sage.
Weiland, T. (2017). Problematizing statistical literacy: An intersection of critical and statistical literacies. Educational Studies in Mathematics, 96(1), 33-47.
Wiersema, N. (2000). How does collaborative learning actually work in a classroom and how do students react to it. A brief reflection, 1-10.
Zieffler, A., Garfield, J., & Fry, E. (2018). What is statistics education? International handbook of research in statistics education, 37-70.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.