Desenvolvimento Profissional Docente: mudanças no Sistema-Atividade
Palavras-chave:
Desenvolvimento profissional docente, Professores de matemática, Teoria Histórico-Cultural da Atividade, Educação Matemática, Aprendizagem expansivaResumo
Nosso objetivo, neste artigo, é apresentar e discutir um movimento, na Atividade de um grupo de professores de matemática de uma escola pública, que impulsiona o Desenvolvimento Profissional desse grupo. Para tal, por meio de uma abordagem metodológica intervencionista com enfoque qualitativo, à luz da Teoria Histórico-Cultural da Atividade, especialmente a aprendizagem expansiva, focalizamos e analisamos uma situação que decorre da Atividade de trabalho dos docentes, externo a sala de aula. Os resultados indicam que o movimento que advém do enfretamento, pelos docentes, de conflitos e tensões que se originam nas contradições, provoca movimento na Atividade, o que permite concluir que as mudanças na Atividade contribuem com o DPD dos docentes.
Referências
Araújo, J. L. (2002). Cálculo, tecnologias e modelagem matemática: as discussões dos alunos. 180 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática). Universidade Estadual Paulista. Rio Claro, SP.
Araújo, J. L. & Kawasaki, T. F. (2013). Movimento e rigidez de certo triângulo: um enfoque histórico-cultural em pesquisas em educação matemática. In: Anais do 11º Encontro Nacional de Educação Matemática (pp. 1-13). Curitiba, PR.
Blackler, F. (2009). Cultural-historical activity theory and organization studies. In: A. Sannino, H. Daniels & K. D. Gutiérrez (Ed.). Learning and expanding with activity theory. (pp. 19- 39). Cambridge: Cambridge University Press.
Cassandre, M. P. & Querol, M. A. P. (2014). O percurso dos princípios teórico-metodológicos vygotskyanos: um olhar sobre o CRADLE. Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, 1(2), 528-593.
Contagem. Subsecretaria de Ensino. (2021). Trilha do saber: documento orientador para o planejamento de atividades remotas. Contagem, MG: Seduc.
Daniels, H. (2011). Vygotsky e a pesquisa. São Paulo, SP: Edições Loyola.
Engeström, Y. (1999). Expansive visibilization of work: an activity-theoretical perspective. Computer Supported Cooperative Work (CSCW), 8, 63-93.
Engeström, Y. (2001). Expansive learning at work; toward an activity theoretical reconceptualization. Journal of Education and Work, 14(1), 133-156.
Engeström, Y. (2002). Aprendizagem por expansão na prática: em busca de uma reconceituação a partir da teoria da atividade. Cadernos de Educação, 11(19), 31-64.
Engeström, Y. (2011). From design experiments to formative interventions. Theory & psychology, 21(5), 598-628.
Engeström, Y. (2015). Learning by expanding: an activity-theoretical approach to developmental research. Helsinki: Cambridge University Press.
Engeström, Y. (2016). Aprendizagem expansiva. Tradução de F. Liberali. Campinas, SP: Pontes Editora.
Engeström, Y. & Kerosuo, H. (2007). From workplace learning to inter‐organizational learning and back: the contribution of activity theory. Journal of Workplace Learning, 19(6), p. 336- 342.
Engeström, Y. & Sannino, A. (2010). Studies of expansive learning: foundations, findings and future challenges. Educational Research Review, 5(1), 1-24.
Engeström, Y. & Sannino, A. (2011). Discursive manifestations of contradictions in organizational change efforts: a methodological framework. Journal of Organizational Change Management, 24(3), 368-387.
Ferreira, A. C. (2003). Metacognição e desenvolvimento profissional de professores de matemática: uma experiencia de trabalho colaborativo. 368 f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Estadual de Campinas. Campinas, São Paulo.
Ferreira, A. C. (2008). O trabalho colaborativo como ferramenta e contexto para o desenvolvimento profissional: compartilhando experiências. In: A. M. Nacarato & M. A. V. Paiva (Org.). A formação do professor que ensina matemática: perspectivas e pesquisas. (pp. 149-166). Belo Horizonte, MG: Autêntica.
Fiorentini, D.; Nacarato, A. M.; Ferreira, A. C.; Lopes, C. A. E.; Freitas, M. T. M. & Miskulin, R. G. S. (2002). Formação de professores de matemática: um balanço de 25 anos da pesquisa brasileira. Educação em Revista, 17(36), 137-160.
Fiorentini, D.; Passos, C. L. B. & Lima, R. C. R. (Org.). (2016). Mapeamento da pesquisa acadêmica brasileira sobre o professor que ensina Matemática: período 2001-2012. Campinas, SP: FE-Unicamp.
Imbernón, F.; Shigunov Neto, A. & Fortunato, I. (Org.). (2019). Formação permanente de professores: experiências iberoamericanas. São Paulo, SP: Edições Hipótese.
Kawasaki, T. F. (2008). Tecnologias na sala de aula de matemática: resistência e mudanças na formação continuada de professores. 212 f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, Minas Gerais.
Kawasaki, T. F. & Araújo, J. L. (2022). Introdução: a construção de um livo. In: A. Deodato & T. F. Kawasaki (Org.). Teoria da atividade em construção: possíveis diálogos. (1. ed., pp.13- 30). Belo Horizonte, MG: Editora UFMG.
Leontiev, A. N. (1981). The problem of activity in psychology. In: J. V. Wertsch (Ed.). The concept of activity in soviet psychology. (pp. 37-71). New York: Sharpe Inc.
Marcelo García, C. (1999). Formação de professores para uma mudança educativa. Porto, Portugal: Porto Editora.
Oliveira-Formosinho, J. (2009). Desenvolvimento profissional dos professores. In: J. Formosinho (Coord.). Formação de professores: aprendizagem profissional e acção docente. (pp. 221-283). Porto: Porto Editora.
Oliveira, R. R. M. (2023). Desenvolvimento profissional de professores de matemática: movimento de aprendizagem expansiva em um cenário pandêmico. 280 f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG.
Proença, M. C. D.; Pereira, A. L.; Mendes, L. O. R. & Travassos, W. B. (2022). Desenvolvimento profissional docente: reflexões sobre saberes pedagógicos e matemáticos. Educación Matemática, 34(2), 72-100.
Querol, M. A. P.; Cassandre, M. P. & Bulgacov, Y. L. M. (2014). Teoria da atividade: contribuições conceituais e metodológicas para o estudo da aprendizagem organizacional. Gestão & Produção, 21(2), 405-416.
Rantavuori, J.; Engeström, Y. & Lipponen, L. (2016). Learning actions, objects and types of interaction: a methodological analysis of expansive learning among pre-service teachers. Frontline Learning Research, 4(3), 1-27.
Sannino, A. (2008). From talk to action: experiencing interlocution in developmental interventions. Mind, Culture, and Activity, 15(3), 234-257.
Vaillant, D. & Cardozo-Gaibisso, L. (2016). Desarrollo profesional docente: entre la proliferación conceptual y la escasa incidencia en la práctica de aula. Cuaderno de Pedagogía Universitaria, 13(26), 5-14.
Virkkunen, J. & Newnham, D. S. (2015). The change laboratory: a tool for collaborative development of work and education. Rotterdam: Sense Publishers.
Yamagata-Lynch, L. C. (2010). Activity systems analysis methods. Nova York: Springer.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.