Raciocínio diagramático no desenvolvimento de atividades de modelagem matemática no contexto de itinerários formativos
Palavras-chave:
Modelagem Matemática, Semiótica, Diagramas, Novo Ensino Médio, Trilhas de AprendizagemResumo
Este artigo tem como objetivo evidenciar os conhecimentos mobilizados por alunos do 3º ano do Novo Ensino Médio ao desenvolverem uma atividade de modelagem matemática no contexto de três trilhas de aprendizagem de um itinerário formativo. A pesquisa qualitativa, subsidiada no processo de triangulação, se fundamenta no quadro teórico da modelagem matemática como abordagem didático-pedagógica e no raciocínio diagramático como possibilidade para evidenciar a construção de conhecimento. Analisamos os registros escritos e as transcrições de áudios de uma turma de 26 alunos de uma escola cívico-militar do Paraná, no desenvolvimento de uma atividade de modelagem sob a temática agricultura. Como resultado inferimos que a atividade de modelagem, desenvolvida de modo transversal às trilhas de aprendizagem, atingiu os objetivos delineados nos documentos oficiais.
Referências
Almeida, L. M. W. (2022). Uma abordagem didático-pedagógica da modelagem matemática. Vidya, 42(2), 121-145.
Araújo, J. L., & Mirson, B. P. M. (2024). Origin and development of the notion of mathematical modelling competency/competencies. In H. S. Siller, V. Geiger, & G. Kaiser (Eds.), Researching mathematical modelling education in disruptive times (pp. 505-514). Springer, Cham.
Bakker, A., & Hoffmann, M. H. G. (2005). Diagrammatic reasoning as the basis for developing concepts: A semiotic analysis of students’ learning about statistical distribution. Educational Studies in Mathematics, 60(3), 333-358.
Blum, W., & Niss, M. (2024). Interdisciplinary aspects of modelling in mathematics education activities conducted in South America. In H. S. Siller, V. Geiger, & G. Kaiser (Eds.), Researching mathematical modelling education in disruptive times (pp. 185-200). Springer, Cham.
Brasil. (2018). Ministério da Educação. Portaria nº 1.432, de 28 de dezembro de 2018. Estabelece os referenciais para elaboração dos itinerários formativos conforme preveem as Diretrizes Nacionais do Ensino Médio. Brasília, DF.
Carreira, S., & Baioa, A. M. (2018). Mathematical modelling with hands-on experimental tasks: On the student’s sense of credibility. ZDM, 50(1), 201-215.
Hoffmann, M. H. G. (2013). Cognição e pensamento diagramático. In J. Queiroz & L. Moraes (Orgs.), A lógica de diagramas de Charles Sanders Peirce: Implicações em ciência cognitiva, lógica e semiótica (pp. 101-134). UFJF.
Hoffmann, M. H. G. (2005). Signs as means for discoveries. In M. H. Hoffmann, J. Lenhard, & E. F. Seeger (Eds.), Activity and sign (pp. 44-56). Springer, Boston, MA.
Kadunz, G. (2016). Diagrams as means for learning. In A. Sáenz-Ludlow & G. Kadunz (Eds.), Semiotics as a tool for learning mathematics (pp. 111-126). Sense Publishers.
Lopes, A. C. (2019). Itinerários formativos na BNCC do Ensino Médio: Identificações docentes e projetos de vida juvenis. Retratos da Escola, 13(25), 59-75.
Melo, C. B. da S., & Bisognin, E. (2021). Modelagem matemática como proposta de itinerário formativo no Novo Ensino Médio: Uma possibilidade para o desenvolvimento de habilidades e competências. Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, 11(1), 24-36.
Niss, M., & Blum, W. (2020). The learning and teaching of mathematical modelling. Routledge.
Paraná. Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná. (2023a). Caderno de itinerários formativos - Ementa das unidades curriculares ofertadas. SEED-PR.
Paraná. Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná. (2023b). Robótica educacional. SEED-PR.
Ramos, D. C. (2021). Atividades de modelagem matemática: Um olhar para os diagramas construídos. In L. M. W. Almeida, K. A. P. Silva, & M. R. D. Veronez (Orgs.), Elementos semióticos em atividades de modelagem matemática (pp. 133-148). Livraria da Física.
Ramos, D. C. (2020). Modelagem matemática: Uma análise semiótica das experiências dos alunos (Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Londrina).
Peirce, C. S. (2005). Semiótica. Perspectiva.
Peirce, C. S. (1972). Semiótica e filosofia: Textos escolhidos. Cultrix.
Piaget, J. (1973). Psicologia e epistemologia: Por uma teoria do conhecimento (Trad. Álvaro Cabral). Forense.
Ribeiro, D. M. (2021). Semiótica dos diagramas: Processos de raciocínio visual aplicados ao design. In L. Santaella & P. Borges (Orgs.), A relevância de C. S. Peirce na atualidade: Implicações semióticas (pp. 263-278). Estação das Letras e Cores.
Santaella, L. S. (2008). A teoria geral dos signos: Como as linguagens significam as coisas. Cengage Learning.
Silva, E. A., & Maciel, M. D. (2021). Itinerários formativos: Da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) às práticas do professor de matemática. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, 3(12), 68-79.
Silva, K. A. P., & Martins, N. (2023). Raciocínio diagramático em atividades de modelagem matemática no ensino fundamental. Vidya, 43(2), 287-305.
Silva, M. R., Krawczyk, N. R., & Calçada, G. E. C. (2023). Juventudes, novo ensino médio e itinerários formativos: O que propõem os currículos das redes estaduais. Educação e Pesquisa, 49, 1-18.
Tuzzo, S., & Braga, C. (2016). O processo de triangulação da pesquisa qualitativa: O metafenômeno como gênese. Revista Pesquisa Qualitativa, 4(5), 140-158.
Vygotsky, L. S. (1998). Pensamento e linguagem (3ª ed.). Martins Fontes.
Yoon, C., & Miskell, T. (2016). Visualising cubic reasoning with semiotic resources and modelling cycles. In A. Sáenz-Ludlow & G. Kadunz (Eds.), Semiotics as a tool for learning mathematics: How to describe the construction, visualization, and communication of mathematical concepts (pp. 89-109). Sense Publishers.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.