A existência das geometrias não euclidianas no ensino de Matemática: restrições da geometria euclidiana e origem de outras geometrias

Autores

Palavras-chave:

Geometria Esférica, Geometria Hiperbólica, Transposição Didática, Teoria Antropológica do Didático, Modelo Epistemológico de Referência

Resumo

O objetivo deste artigo é demonstrar a possibilidade da existência das geometrias não euclidianas no sistema educacional, tomando como apoio a relevância histórica e cultural e as limitações da geometria euclidiana para a compreensão de fenômenos reais. A contextualização epistemológica proposta pela TAD foi essencial para perceber que a geometria euclidiana fornece os fundamentos tecnológico-teóricos que justificam as técnicas empregadas em atividades práticas, ou seja, estabelece um raciocínio para uma ação e diversas justificativas para sua existência. Concernente à origem da geometria esférica na Antiguidade, essa contextualização está em atividades provenientes, principalmente, da astronomia e da navegação. O desenvolvimento do conhecimento matemático, relacionado à validade do quinto postulado, impulsionou o surgimento das geometrias não euclidianas, hiperbólica e elíptica, conceitos que só foram contextualizados no século XX, na teoria da relatividade.

Referências

Almouloud, S. A., & da Silva, M. J. (2021). Estudo das três dimensões do problema didático de números racionais na forma fracionária. Educação Matemática Sem Fronteiras: Pesquisas em Educação Matemática, 3(2), 114-151.

Artaud, M. (1997). Introduction à l'approche écologique du didactique – L'écologie des organisations mathématiques et didactiques. In Actes de la Ixième École d'été de Didactique des Mathématiques (pp. 101-139). ARDM & IUFM.

Bicudo, I. (2009). Euclides: Os elementos. Editora UNESP.

Bongiovanni, V. (2005). Notas de aula. Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática da PUC-SP.

Carrera, J. P. (2009). Euclides – A geometria. Editora RBA.

Chevallard, Y. (1992). Concepts fondamentaux de la didactique: Perspectives apportées par une approche anthropologique de la transposition didactique. Recherches en Didactique des Mathématiques, 12(1), 73-112.

Chevallard, Y. (2002a). Organiser l’étude: Écologie et régulation. In Actes de la 11e École d’Été de Didactique des Mathématiques. Grenoble.

Chevallard, Y. (2018). A teoria antropológica do didático face ao professor de matemática. In S. A. Almouloud, L. M. S. Farias, & A. Henriques (Orgs.), A teoria antropológica do didático: Princípios e fundamentos (pp. 31-50). Editora CRV.

Gascón, J. (2011). Las tres dimensiones fundamentales de un problema didáctico: El caso del álgebra elemental. Revista Latinoamericana de Investigación en Matemática Educativa (RELIME), 14(2), 203-231.

Green, R. M. (2005). Spherical astronomy. University of Glasgow Publications.

Hermiz, R. (2015). English translation of the Sphaerica of Menelaus [Tese de doutorado]. California State University.

Hilbert, D. (1953). Fundamentos de la geometría. Publicaciones del Instituto “Jorge Juan” de Matemáticas.

Kovacevic, M. S. B. (2020). Geometria esférica – O elo entre matemática e astronomia [Dissertação de mestrado]. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Luminet, J. P., Starkman, G. D., & Weeks, J. R. (2016). De l'infini: Horizons cosmiques, multivers et vide quantique. Editora Dunod.

Rudaux, L., Vaucouleurs, G. de, & Tardi, P. (1948). Astronomie: Les astères, l’univers. Editora Librarie Larousse.

Downloads

Publicado

04-11-2024

Edição

Seção

GT 02 — Educação Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio

Como Citar

Kovacevic, M. S. B. ., & Igliori, S. B. C. (2024). A existência das geometrias não euclidianas no ensino de Matemática: restrições da geometria euclidiana e origem de outras geometrias. Seminário Internacional De Pesquisa Em Educação Matemática, 1-15. https://www.sbembrasil.org.br/eventos/index.php/sipem/article/view/514