Aprender e ensinar Geometria remotamente: enfrentamentos didáticos de professores dos Anos Iniciais em tempo de pandemia
Palavras-chave:
Ensino Remoto, Geometria, Formação Continuada, Intervenção DidáticaResumo
Apresentamos, neste artigo, resultados de uma pesquisa que investigou, do ponto de vista dos professores dos Anos Iniciais, os enfrentamentos formativos e didáticos em Geometria e a organização de intervenção com seus alunos remotamente. A pesquisa aconteceu a partir da ação de formação continuada remota intitulada “A Geometria na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental”. O objetivo da pesquisa foi analisar e refletir sobre o processo de aprendizagem e ensino da Geometria no cenário especificamente delineado pelo Ensino Remoto, buscando evidenciar os enfrentamentos destacados e entender como educadores e educandos (re)agiram no processo de apropriação dessa “nova” ambiência e cenário educativo. Apoiamo-nos numa metodologia investigativa qualitativa, de cunho interpretativo. Os textos de campo para análise são constituídos de narrativas orais (N.O.) e escritas (Relatos de Experiencias – R.E.) produzidas no decorrer dos encontros formativos e da entrevista narrativa (E.N.). Em relação ao processo de formação continuada, os professores cursistas revelaram que a relevância esteve situada no estabelecimento de uma estreita associação entre reflexões teóricas e busca por soluções de problemas de modo coletivo e colaborativo. No processo de desenvolvimento das atividades de Geometria de modo remoto, os professores relatam a necessidade de construir novas aprendizagens para lidar com as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação – TDIC e que se somam a esse aspecto, as dificuldades de acessibilidade e escassez de aparato tecnológico das famílias dos educandos.
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